Cônego Leão Fernandes de Queiroz, natural de Pau dosFerros, Estado do Rio Grande do Norte, Patrono da Cadeira de nº 22, da AcademiaNorte-Rio-Grandense de Letras( , que teve como primeiro ocupante o Cônelo Luiz Monte e os seguintes sucessores: Dom Adelino, Cônego Jorge de Paiva e o
atual é o Cônego José Mario de Medeiros
- Nasceu em Pau dos Ferros, a 11.04.1881, filho de
Francisco das Chagas Fernandes e d. Liberalina Gomes de Queiroz, e era irmão do
também religioso Padre Agnelo Fernandes, outro importante nome do clero
norte-rio-grandense no princípio do século XX. Cursou o primário em sua terra
mas, aos 10 anos de idade, sua família se transferiu para Ceará-Mirim, face à
seca que assolava o interior do Estado. Na nova cidade teve professores
particulares até que, em 1901, ingressou no Seminário da Paraíba, época em que
era dirigido pelo Cônego Joaquim de Almeida (V. “ALMEIDA, Dom Joaquim Antônio
de”, Século XIX), que viria a ser investido nas funções de Bispo de Natal anos
mais tarde. Ali cursou o ginasial, estudou filosofia e teologia, recebeu as
ordens sacras. Tornar-se-ia Diácono em 1906, celebrando a primeira missa no dia
seguinte à sua ordenação. Desenvolveu a vida sacerdotal na capital paraibana,
onde lecionou naquele Seminário e no Colégio Pio X. Foi Diretor Espiritual do
Seminário Paraibano (1912), no mesmo ano sendo constituído Cônego no Cabido
Diocesano. Redigiu o jornal católico “A Imprensa” e foi tido como grande
pregador: Era renomado orador sacro, além de filólogo (Veríssimo de Melo,
Calendário Cultural e Histórico do Rio Grande do Norte, p. 41), opinião que é compartilhada
pelo Mons. Severino Bezerra: Orador, jornalista, notável cultura. Exerceu
influência moral no meio do povo e do clero (Levitas do Senhor, p. 109). Mais
adiante, este mesmo pesquisador complementa que, (...) Em 1925, foram reunidos
em volume todos os seus discursos, sermões e conferências pronunciadas (op.
cit., mesma página). Sua obra mais divulgada foi Na Seara Divina. É lembrado,
também, como Leão Fernandes de Maria, por sua devoção à Virgem Santíssima.
Faleceu a 13 de setembro de 1920, em Angicos. Seus restos mortais repousam no
cemitério da cidade de Angicos, junto ao seu irmão Padre Agnelo Fernandes de
Queiroz (14/03/1875 25/02/1912).
FONTE - ADCOM